PAPAI

Gustavo do Carmo

O pai de Afonsinho trabalhava tanto que mal tinha tempo para o filho. Saía de manhã cedo e chegava tarde da noite. Só tinha uma época do ano em que seu Geovane se dedicava integralmente ao filho. Era nas suas férias, todo mês de abril. Um dia, no mês de setembro, Afonsinho chegou da escola e encontrou o pai em casa, de camiseta e short.

— Oi, pai. Você entrou de férias de novo?
— Não, meu filho. Papai foi despedido do emprego.

Um feliz Dia dos Pais para todos os leitores e seus pais.

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1 Comentários

Ed Santos disse…
Espero não sejamos vários "Seu Geovanes" por este mundão! Não pela falta de emprego, mas pela falta da figura paterna!!!

Abraço,

Ed.