Nunca havia
experimentado tamanha gostosura. Mas teve que deixar o sorvete caseiro hipster
pela metade. Não merecia tudo aquilo.
Entraram na nave. Mais
uma missão completa. Marte estava a salvo. Mais uma vez. Graças a eles. Exceto
pelo piloto. Ele não fazia nada. Apenas batia o ponto e só saia da nave pra
comprar café.
Cinco dias para ser
executado.
“Faço qualquer coisa
para me tirar daqui, xerife. Pelo amor de Deus!”
O xerife hesitou.
Abriu um sorriso.
“Ok. Vou te soltar.”
“Mesmo?”
“Não.”
O quadro havia sido
pintado. Uma porcaria. Mas ele não tinha bom senso. Pendurou na parede da sala
para todos verem.
Escrevia em seu
computador. Ouvia música. Balançava a perna constantemente (uma mania
incontrolável que não percebia).
Bebia café aos montes
para se manter acordado.
Entrou no estádio pela
primeira vez depois de anos. O time perdeu, de virada. Mas valeu a pena.
Sentiu-se em casa novamente.
Por Lucas Beça
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