DICA DA SEGUNDA - TIM MAIA

Como o tempo passa! Anteontem fez dez anos que perdemos a irreverência do cantor e compositor Tim Maia. O síndico morreu depois de quase duas semanas de uma agonia que começou quando ele não conseguiu iniciar o seu último show no Teatro Municipal de Niterói. Ele já não estava bem. Mesmo assim, quis cantar para acabar com a fama de que não comparecia aos seus compromissos. Ainda tenho na memória as imagens de sua tentativa de acompanhar a orquestra na música Não Quero Dinheiro, Só Quero Amar. Ele deixou o palco e foi internado logo em seguida para, infelizmente, nunca mais voltar.

A Dica da Segunda desta semana é em homenagem a ele, indicando o livro escrito pelo amigo Nelson Motta: Vale Tudo - O Som e a Fúria de Tim Maia.






Texto: Divulgação da Editora Objetiva


“Mais grave! Mais agudo! Mais eco! Mais retorno! Mais tudo!”. O grito de guerra ainda ecoa nas festas, vivo nas canções de Tim Maia. Transgressor, amoroso e debochado, o cantor que gostava de se definir como “preto, gordo e cafajeste” se consagrou como um dos artistas mais queridos e respeitados da música brasileira, rei do samba-soul.


No ano em que se completam dez anos de sua morte, a história de Tim Maia é resgatada em Vale Tudo – O Som e a Fúria de Tim Maia, por um de seus amigos mais próximos. O jornalista, compositor e produtor musical Nelson Motta parte da memória da intensa convivência com o cantor, de quem era fã, para contar uma história de som, fúria e gargalhadas. Apoiado numa pesquisa minuciosa, Nelson revela um dos personagens mais ricos, divertidos e originais do Brasil moderno.


Vale Tudo – O Som e a Fúria de Tim Maia é uma viagem pela vida do cantor, a começar pela infância e juventude, no bairro carioca da Tijuca. É o próprio Tim quem dá o tom bem-humorado da narrativa: "No dia 28 de setembro de 1942, na rua Afonso Pena 24, minha mãe, Maria Imaculada, concebeu o gordinho mais simpático da Tijuca. E recebi o nome de Sebastião Rodrigues Maia".


Nelson conta que a amizade com Tim começou em 1969, quando produziu para o disco de Elis Regina o dueto que apresentou ao mundo o vozeirão do cantor. Por isso, é testemunha de histórias incríveis, como as aventuras vividas nos Estados Unidos, no início da carreira, graças a um improvável convite da Arquidiocese. A viagem não terminou bem: Tim voltou ao Brasil deportado, acusado de roubar um carro e de portar substâncias ilegais.


Como produtor musical e amigo, Nelson acompanhou essa jornada até os últimos dias da vida do cantor. No livro, ele narra um último encontro em Nova York, poucos meses antes da morte de Tim, em 1997:


"Estava muito feliz de reencontrá-lo tão alegre e bem-disposto, achei até que estava um pouco mais magro – embora ainda imenso – do que em nosso último encontro no Rio. (...) Só consegui sair de lá horas depois de muita conversa e gargalhadas, entre várias rodadas de café completo, ovos mexidos e incessante carburação, me divertindo com as histórias que qualquer ficcionista consideraria inverossímeis, mas eram apenas fatos e acontecimentos corriqueiros do cotidiano de Tim Maia".


MAIS INFORMAÇÕES:
www.objetiva.com.br/valetudo

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