RESENHA DA QUINZENA - OI





Boa Idéia
Por Gustavo do Carmo

Desde que surgiu em 2001, a Oi usa o mesmo padrão visual nos seus comerciais de televisão. A fotografia é num tom roxeado, esverdeado ou amarelado, de acordo com as cores do layout da empresa. E uma criança encerra o comercial dizendo o nome da operadora de telefonia. Além disso, o humor também sempre fez parte da comunicação. Com esse conceito, a Oi já produziu comerciais inteligentes, engraçados, polêmicos (como um que chamava consumidores de atrasados mentais, que foi tirado do ar pelo Conar), grandes campanhas (como a do Bloqueio Não) e também algumas bobagens.

De qualquer forma, esta imagem motivou o Grupo Telemar, que opera a telefonia fixa, inclusive pública, nos estados do RJ, MG, ES e alguns do Nordeste, a trocar, por causa das freqüentes reclamações que recebia, sua marca pela Oi, que, até então, era apenas a marca de telefonia celular do grupo. Foi criado, assim, o Oi Fixo.

Para a sua mais nova campanha de divulgação deste serviço, produzida pela NBS Comunicação, a Oi convidou a atriz Dira Paes, no momento grávida. No filme, ela comenta sobre sua gravidez e agradece à operadora por ter um telefone fixo a sua disposição quando precisasse receber ligações do marido e da mãe, ou ligar para a família depois que o bebê nascer e ainda pedir um jiló com acabate (desejo tradicional que as grávidas costumam ter nas horas mais impróprias) em domicílio.

O comercial não tem nenhum atrativo visual. É uma típica propaganda testemunhal. É simples como o slogan da marca (Simples Assim). Para alguns, pode parecer boba. No entanto, ela se revela criativa exatamente no final, quando ela mostra o folder e o copo do serviço de entrega 24 horas de jiló com abacate. A intenção não era essa, mas o filme acabou dando uma boa sugestão de abrir um negócio lucrativo para atender aos desejos das gestantes. Como ninguém pensou nisso antes?

Postar um comentário

0 Comentários