Por Gustavo do Carmo / Foto: Reprodução da internet
Há vinte anos Ayrton Senna conquistava o primeiro dos seus três títulos mundiais. Teoricamente, a temporada de 1988 deveria ser de simples aprendizado para o jovem piloto paulista, que trocou a já decadente Lotus pela McLaren, a equipe mais poderosa da época (a Ferrari estava enfraquecida), pois teria como companheiro o francês bicampeão Alain Prost.
Deveria, mas não foi. O que Ayrton teria de aprender já tinha aprendido em sua temporada de estréia na categoria, quatro anos antes, no Grande Prêmio de Mônaco, quando só não ultrapassou o futuro colega de equipe sob forte chuva na pista de rua do principado porque a prova foi interrompida na metade. Ficou com o segundo lugar. Ganharia depois algumas provas esporádicas entre 1985 e 1987 em Portugal, Bélgica (estas duas embaixo de chuva), Espanha, Estados Unidos (duas vezes) e em Monte Carlo. Para Senna e a torcida brasileira a nova equipe seria a oportunidade de lutar pelo sonhado título.
A primeira corrida com o carro mais forte, justamente no Brasil, quando o Rio ainda recebia a categoria em Jacarepaguá, não foi nada boa. Largou na pole position mas foi desclassificado. Sua primeira vitória na McLaren foi justamente na pista onde perderia a vida em 1994, em Ímola (San Marino). E a pior coincidência era a data: 1º de maio de 1988. No GP seguinte, na querida e aconchegante Monte Carlo, cometeu uma de suas maiores besteiras na carreira: errou uma curva fácil e bateu no guard-rail. Voltou mais cedo, a pé, para o luxuoso apartamento onde morava, para surpresa da empregada que recebera ordens de não abrir a porta para ninguém.
Prost venceria também o GP do México, abrindo vantagem. Senna empataria o jogo vencendo as outras duas provas disputadas na América do Norte: Canadá e Estados Unidos. Na França, a festa foi do rival, que tinha mais sorte em casa. Além de custar para vencer em seu país natal (o que só aconteceria duas vezes em 1991 e 1993), Senna ainda teria o desprazer de jamais ter vencido na terra do já declarado desafeto, mas ainda companheiro de equipe. O brasileiro virou o jogo vencendo quatro provas seguidas na Europa: Inglaterra (em Silverstone, sua segunda pista favorita), Alemanha, Hungria e Bélgica. As duas primeiras debaixo de chuva, como ele adorava. Àquela altura o campeonato já era exclusivo da McLaren. A hegemonia só foi quebrada em Monza (Itália), quando Prost quebrou e Senna venceria fácil. Venceria porque se envolveu numa batida com o retardatário francês Jean-Louis Schlesser, que ficaria mais famoso como piloto do rali Paris-Dacar. O austríaco Gerhard Berger, ainda na Ferrari, mas que se tornaria seu mais fiel companheiro de equipe e amigo em dois anos, venceu a corrida.
Com duas vitórias em Portugal e na Espanha, Prost diminuiu a vantagem e levaria a decisão, com vantagem, para a última prova na Austrália se Senna não tivesse se recuperado no Grande Prêmio do Japão. No circuito de Suzuka, ficou parado na largada e caiu da pole para o décimo-sexto lugar. Foi ganhando posições curva a curva e ultrapassou o adversário quase no final para conquistar o seu primeiro título, graças também a um extinto sistema de descarte de resultados que, se não existisse, teria dado o campeonato ao francês, que realmente venceu a última prova.
Foi o segundo título consecutivo do Brasil (Nelson Piquet era o campeão da temporada anterior pela Williams). Ayrton Senna ainda viria a conquistar seus outros dois títulos em 1990 e 1991, na mesma pista do mesmo país que, por causa do fuso horário, tornou a madrugada dos brasileiros mais alegres na virada dos anos 80 para os 90.
Há vinte anos Ayrton Senna conquistava o primeiro dos seus três títulos mundiais. Teoricamente, a temporada de 1988 deveria ser de simples aprendizado para o jovem piloto paulista, que trocou a já decadente Lotus pela McLaren, a equipe mais poderosa da época (a Ferrari estava enfraquecida), pois teria como companheiro o francês bicampeão Alain Prost.
Deveria, mas não foi. O que Ayrton teria de aprender já tinha aprendido em sua temporada de estréia na categoria, quatro anos antes, no Grande Prêmio de Mônaco, quando só não ultrapassou o futuro colega de equipe sob forte chuva na pista de rua do principado porque a prova foi interrompida na metade. Ficou com o segundo lugar. Ganharia depois algumas provas esporádicas entre 1985 e 1987 em Portugal, Bélgica (estas duas embaixo de chuva), Espanha, Estados Unidos (duas vezes) e em Monte Carlo. Para Senna e a torcida brasileira a nova equipe seria a oportunidade de lutar pelo sonhado título.
A primeira corrida com o carro mais forte, justamente no Brasil, quando o Rio ainda recebia a categoria em Jacarepaguá, não foi nada boa. Largou na pole position mas foi desclassificado. Sua primeira vitória na McLaren foi justamente na pista onde perderia a vida em 1994, em Ímola (San Marino). E a pior coincidência era a data: 1º de maio de 1988. No GP seguinte, na querida e aconchegante Monte Carlo, cometeu uma de suas maiores besteiras na carreira: errou uma curva fácil e bateu no guard-rail. Voltou mais cedo, a pé, para o luxuoso apartamento onde morava, para surpresa da empregada que recebera ordens de não abrir a porta para ninguém.
Prost venceria também o GP do México, abrindo vantagem. Senna empataria o jogo vencendo as outras duas provas disputadas na América do Norte: Canadá e Estados Unidos. Na França, a festa foi do rival, que tinha mais sorte em casa. Além de custar para vencer em seu país natal (o que só aconteceria duas vezes em 1991 e 1993), Senna ainda teria o desprazer de jamais ter vencido na terra do já declarado desafeto, mas ainda companheiro de equipe. O brasileiro virou o jogo vencendo quatro provas seguidas na Europa: Inglaterra (em Silverstone, sua segunda pista favorita), Alemanha, Hungria e Bélgica. As duas primeiras debaixo de chuva, como ele adorava. Àquela altura o campeonato já era exclusivo da McLaren. A hegemonia só foi quebrada em Monza (Itália), quando Prost quebrou e Senna venceria fácil. Venceria porque se envolveu numa batida com o retardatário francês Jean-Louis Schlesser, que ficaria mais famoso como piloto do rali Paris-Dacar. O austríaco Gerhard Berger, ainda na Ferrari, mas que se tornaria seu mais fiel companheiro de equipe e amigo em dois anos, venceu a corrida.
Com duas vitórias em Portugal e na Espanha, Prost diminuiu a vantagem e levaria a decisão, com vantagem, para a última prova na Austrália se Senna não tivesse se recuperado no Grande Prêmio do Japão. No circuito de Suzuka, ficou parado na largada e caiu da pole para o décimo-sexto lugar. Foi ganhando posições curva a curva e ultrapassou o adversário quase no final para conquistar o seu primeiro título, graças também a um extinto sistema de descarte de resultados que, se não existisse, teria dado o campeonato ao francês, que realmente venceu a última prova.
Foi o segundo título consecutivo do Brasil (Nelson Piquet era o campeão da temporada anterior pela Williams). Ayrton Senna ainda viria a conquistar seus outros dois títulos em 1990 e 1991, na mesma pista do mesmo país que, por causa do fuso horário, tornou a madrugada dos brasileiros mais alegres na virada dos anos 80 para os 90.
3 Comentários
Bom texto!
Abraços
Parabéns...abraços