Começa assim:
Você está fazendo alguma coisa e o telefone
toca.
Já reparou que ele nunca toca quando não
estamos fazendo nada?
Você para o que está fazendo e vai até lá.
Atende no quarto ou quinto toque.
“Alô...?”
“Alô. Quem é?”
Meu amigo, eu não reconheci a sua voz.
Nunca ouvi parecida na vida. Eu não vou simplesmente te dizer o meu nome.
“Quem tá falando?”, você pergunta, já com
um pouco de irritação na voz.
“Aqui é o Siclano.”
Siclano, você pensa. Não, não conheço nenhum
Siclano. Nunca conheci nenhum Siclano na minha vida.
Aí há dois caminhos a ser seguido:
1) Você pergunta: “Com quem é que você quer
falar?” Aí o cara fica encurralado. Vai ter que te dizer. Mas infelizmente, às
vezes (mais vezes do que gostaria), não tenho essa destreza toda e acabo
utilizando o segundo caminho.
2) “É o Lucas.” E pronto, você começou com
desvantagem a conversa.
Então é assim. Ó, para não esquecer.
Está prestando atenção? Ótimo.
Se você for ligar pra algum desconhecido, pra
alguém com quem você nunca falou na vida, que não conhece e nunca viu mais
gordo, faça da seguinte maneira, depois de ouvir a pessoa dizer “Alô?”,
“Aloa?”, “Aloar”, “Ooi” ou suas outras variações:
“Oi, aqui é Fulano. Queria com Tal falar a
respeito disso e daquilo outro...”, ou “... Aqui é o Mané. Eu queria falar com
Beltrano. Ele está?”
Combinado?
0 Comentários