Microcontos de Gustavo do Carmo
Justiça e Amor
A Justiça casou-se com o Amor. Tinham algo em comum: eram cegos. A relação não deu certo. Pelo cheiro, ele a encontrou na cama deles, se esfregando com o Dinheiro.
Campainha
Depois de atender a porta, o rapaz volta abatido para o quarto. Sua mãe lhe pergunta:
— Foi a felicidade quem tocou a campainha, filho?
— Não. Foi o oficial de justiça me notificando do processo que eu vou levar por um comentário na internet.
Com as próprias mãos
Não fez justiça com as próprias mãos. Fez com o próprio pênis. Teve uma filha que batizou de Justiça.
Caveira
Pediu a sua caveira. A justiça mandou exumar os ossos do Barão.
Gramática
Assassinou a Gramática. Foi absolvido porque no Brasil ninguém lhe dava importância e a justiça é benevolente com bandidos.
Charada
Matou a Charada. Ficou nas mãos enigmáticas da Justiça.
Tetas
Mamava nas tetas da Justiça, que não via o amante chupar os seus seios porque era cega.
Cega
A Justiça era cega. Fez um transplante de córneas, voltou a enxergar e ficou mais justa.
Verbo
Soltou o Verbo, que estava preso e mandou a Justiça se fod...
Subconsciente
Explorou seu Subconsciente. Foi processado na justiça do trabalho.
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