Hoje, o Tudo Cultural completa 15 anos de existência. Infelizmente, não tenho motivo nenhum para comemorar.
Primeiro, por causa deste vírus comunista chinês, que está destruindo vidas, a economia e os governos de direita no mundo, que tentaram colocar ordem no caos social, miséria e corrupção que a esquerda implantou nos países por qual passou e, por isso, está com grandes chances de voltar ao poder (já voltou no México, Argentina e Estados Unidos - os dois primeiros até antes da pandemia) para dar continuidade ao seu projeto de poder único. E esse vírus já está começando a me afetar pessoalmente no sentido financeiro.
Cansei de ficar escrevendo sobre o meu autismo (que, aliás, também me deixa deprimido, pois ninguém me compreende e aceita o meu diagnóstico, achando apenas que eu arrumo desculpa para não trabalhar de verdade), sobre a minha família e as minhas frustrações profissionais e amorosas. E eu não escrevo sobre drogas. Muito menos quero ficar escrevendo sobre política, mesmo eu sendo de direita e estar falando do assunto neste editorial.
Vou tentar aproveitar as férias de dezembro e janeiro para ver se consigo escrever alguma coisa, mas acho muito difícil. Quando acabarem os contos inéditos, se eu não tiver escrito nada até lá, o Tudo Cultural ficará apenas reprisando contos já antigos, como já tenho feito no Natal, Ano Novo e na terceira semana de cada mês. Na última eu nem posto nada.
Se as minhas reprises cansarem e a audiência continuar baixa (tem ficado em média de 200 por dia, mas este mês tem sido positivo, com 350), darei fim a um projeto que surgiu em 2005, no antigo Blog-se (que acabou e, por isso, não tenho mais registro da data exata do aniversário), para divulgar textos dos meus colegas de pós-graduação de Gestão da Cultura (com quem não falo há anos) e alguns eventos culturais.
Mas, devido ao excesso de pautas esquerdistas destes eventos, parei de fazer. E ainda teve gente que se recusou a mandar material de divulgação e me criticou, dizendo até que blog era coisa de criança (não, eu não cresci de mentalidade. Afinal, como já disse, sou autista, tenho Síndrome de Asperger, mas não quero fazer disso uma bandeira de vitimismo, embora possa estar fazendo) e que eu sou muito esquisito.
Desde então, foquei nos meus contos, que, inicialmente, tinha medo de postar. Depois, postei crônicas e microcontos. Também já comentei comerciais de televisão (além de jornalismo, sou formado em publicidade), mas, sem nenhum retorno financeiro (chega de fazer propaganda de graça) e cansado da onda politicamente correta dos anúncios, também parei.
Seguindo a proposta inicial do blog, dei espaço a muitos autores nestes quinze anos. Não posso me esquecer de Dudu Oliva, o mais duradouro do Tudo Cultural, seguido pelo português João Paulo Simões. Também já participaram Érika dos Anjos, Rachel Souza, Ed Santos, Lunna Guedes, Samuel da Costa, Hemerson Miranda, Weverton Galease, Aninha Suely, Sheila Fonseca, Narcélio Lima, Igor Gomes e Lucas Beça, o único colaborador ainda em atividade no blog.
Agradeço a todos e me desculpo se eu me esqueci de alguém. Muitos foram embora insatisfeitos com as normas e posicionamento político do criador do blog, outros se afastaram por falta de tempo (e eu, sem graça de cobrar mais participação, traumatizado depois que um infeliz se sentiu incomodado exatamente por eu insistir, acabei considerando a participação encerrada, mas deixando a porta sempre aberta para voltar).
Um nome, que eu não citei no primeiro dos dois parágrafos anteriores, doeu mais, pois partiu para sempre. O argentino Miguel Angel Fernandez faleceu no final de 2017. Passei quase todo 2018 reapresentando seus textos e ainda continuo divulgando-os no Twitter.
Aos que foram embora por vontade própria, a porta está aberta para voltar. Mas com normas. O Tudo Cultural não aceita opiniões e ideologias de esquerda. Prefiro até que não fale de política por aqui, mesmo sendo de direita. Só eu posso falar (desculpem o autoritarismo).
Estou sem motivação para escrever e fico sem graça de dar parabéns para mim mesmo. Mas não queria deixar passar em branco essa data tão importante. Assim, acabei fazendo um desabafo.
Não vou encerrar o blog hoje ou amanhã (ainda tem mais uma coletânea de microcontos, um conto inédito e os contos de Natal e Ano Novo para publicar. Depois eu tiro férias). Muito menos dispensar o Lucas e o João Paulo Simões, que anda sumido e eu não sei se ele quer continuar escrevendo. Mas o blog pode acabar a médio prazo. Não é uma despedida, mas...
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