Assim como em 2012, o Tudo Cultural traz a seção Melhores do Ano, com os textos mais lidos nos doze meses entre todos os publicados e também por seção e colaborador. O texto mais lido do ano no geral não será nomeado duas vezes. Dentro da sua categoria será escolhido o segundo mais lido.
Gustavo do Carmo - Conto Inédito - Fila de Banco (meu texto mais lido)
Um banco lotado. Fila enorme. Hércules está nela. Aliás, a fila é daquela sentada, com senha. E as cadeiras ainda são desconfortáveis. Há cinco guichês, mas apenas dois funcionários estavam atendendo. Um deles somente para os idosos. (Continua)
Gustavo do Carmo - Reprise - A Família Drähm
— Amor, me dá um ósculo?
— Não.
— Por favor, Benzinho?
— Agora não posso, Dedé. Estou tentando fazer uma conta que não está batendo com a féria do dia. Depois eu te dou.
— Eu quero agora!
— Não.
— Por favor, Benzinho?
— Agora não posso, Dedé. Estou tentando fazer uma conta que não está batendo com a féria do dia. Depois eu te dou.
— Eu quero agora!
Gustavo do Carmo - Microcontos - Festa
Será?
— Será que eu serei o dono dessa festa? Teve a resposta quando foi barrado no baile. (Outros microcontos)
Gustavo do Carmo - Tarde Demais 21 (Dentista)
— Alô.
— Alô. Respondeu a senhora com uma voz triste.
— Dona Clotilde. Tudo bem?
(Continua)
Gustavo do Carmo - Crônica - Para que serve uma namorada
Dudu Oliva - Ferreira Gullar (Traduzir-se)
Para que serve uma namorada?
Serve para fazer companhia aos outros.
Serve para ser beijada por alguém na sua frente, te irritando com estalos molhados e palavras infantis.
Nessa altura, não tive oportunidade de escrever sobre o assunto, mas faço-o agora até porque saíu um livro agora aí no Brasil, as "Cartas de amor de Ofélia Queirós e Fernando Pessoa", que tenho para trocar correspondência sobre a obra com uma conterrânea vossa... Mas isso são outros assuntos que nada interessam para a Filatelia. (Continua)
Hemerson Miranda - Fuga(z)
(D)escrever é uma maldição.
Tenho uma péssima memória. Lembro de tudo detalhadamente. Lembro da minha última ida ao centro da cidade. Lembro do cheiro de misto quente, milho verde, do vestido da idosa que caminhava lentamente à minha frente. Lembro da menininha gordinha com suas perninhas (sim, no diminutivo pra fixar) tortas e a dificuldade em andar ao lado da mãe, que parecia arrastá-la. O vestido branco e rosa e as maria-chiquinhas no cabelo sacolejando pelos passos e tocando suas grandes bochechas. Lembro dos sorrisos e dos olhares indiferentes. Eu lembro.
O texto mais lido do ano - Voluptatisque (+18)
Meu sonho sempre foi amar e transar com a mesma pessoa.
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