Eu me vi sentado naquele chão frio. Olhei pro lado e contemplei a angústia se arrastando até mim. Meus pulsos doíam por causa de correntes imaginárias que me prendiam ao meu desespero. Divisei a nulidade de meus esforços. Num impulso, coloquei a mão no peito e depois na garganta. Algo vindo de dentro me sufocava. Tentei gritar e só ouvi o silencio. Então, num torpor visceral, eu rasguei meu peito com as unhas, depois com os dedos arranquei minha carne até extirpar de dentro de mim aquele sentimento que me atormentava.
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