Numa manhã que parecia tranquila



Apenas uma cena de café da manhã de uma linda família no século XXII. Eles comem pães e cereais, bebem suco natural e conversam sobre o que provavelmente vai acontecer no decorrer do dia. Há o pai, a mãe, a filha e o filho. O filho está começando a entrar na adolescência, então está com o fone de ouvido escutando metal com a cara emburrada. Tirando isso, uma linda família em paz.


Porém essa tranquilidade está a ponto de ser perturbada.

Cinco robôs entram pela porta da frente. Começam a atirar para tudo quanto é canto. Honestamente, por pouco ninguém ficou seriamente ferido.

Por instinto o pai rapidamente levantou-se e pegou a cadeira na qual estava sentado e partiu para a luta. Derrubou o primeiro. O filho correu para se esconder no seu quarto. Um fracote. A mãe logo ordenou que o sistema da casa ligasse para a polícia, enquanto pegava o liquidificador para se defender. A filha fez o mesmo que a mãe, se armando com uma torradeira.

A luta foi intensa. Depois que a mãe derrubou o segundo robô, sobrou um para cada. Mas esses eram maiores e mais fortes. Um era do modelo de construção civil, de quase dois metros de altura. Como esses não possuíam armas, ninguém foi baleado.

O evento durou pouco mais de cinco minutos. A polícia instantaneamente quando chegou imobilizou os brutamontes e chamaram a ambulância.

Foi uma maneira energética e mortal de começar o dia, mas os membros lutadores da família (sem contar o rebelde sem causa) ganharam uma pílula de morfina 2.0 e não ficaram doloridos para os outros dias.

Um erro de fábrica; foi o comunicado oficial da empresa que produzia tais robôs.

É claro que a família os processou.

Eles dividiram a indenização em três. O escutador de metal ficou chupando o dedo.


Conto de Lucas Beça

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