— Ei! Você não pode usar trechos da minha música no teu microconto sem a minha autorização prévia por escrito. Reclamou o cantor militante de esquerda, famoso e arrogante pelo Twitter.
— Mas eu te dei crédito. Defendeu-se o escritor anônimo fracassado e aspirante à fama.
— Mesmo assim, não pode.
— Quando vou pedir, você se esconde atrás do seu assessor e ninguém responde. E aí meu trabalho atrasa. Estou pedindo autorização agora. Posso usar?
— Não! Vai ter que pagar!
— Então, tudo bem! Vá pro inferno você e sua música ridícula, babaca!
— Isso é injúria! Eu posso te processar por causa disso!
— Então me processe! Vou acionar os meus advogados imaginários para me defenderem da acusação infundada de injúria e pagarem seus tão preciosos royalties para deixá-lo mais rico e esnobe do que já é.
— Pois será isso mesmo que eu vou fazer!
E Fabrício, o escritor anônimo, fracassado, boicotado pelos ex-colegas de faculdade e aspirante à fama foi mesmo processado. Seus advogados imaginários não conseguiram defendê-lo do processo de injúria e as acusações de plágio que surgiram durante as audiências. Também não conseguiu provar que foi plagiado. Perdeu todos os bens da família e foi proibido pelo pai de usar a internet. Não ficou sabendo que o cantor famoso arrogante que o processou entrou no topo da lista dos artistas mais ricos do mundo.
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