Dormiu pouco. Acordou tarde. Não viu nada da cidade.
O enfeite metálico na forma de um violinista ficava no canto
de sua escrivaninha. Via-o todos os dias. Já nem lembrava que o tinha.
- Oi.
-
Oieee!
- Menos, menos...
O mundo ia acabar no dia seguinte.
Tomou mais uma cerveja.
Tatuou uma palavra em japonês e descobriu que estava errada.
Dava uma desculpa e ia embora toda vez que via um oriental.
- Um café, por favor. Pode ser preto, com açúcar,
adoçante... Você que sabe. Pra mim tanto faz.
Por Lucas Beça
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