Por Ed Santos
No meu primeiro post aqui no Entre 15 e 30 linhas, falei sobre Machado de Assis e da sua importância para a literatura. Hoje falarei de um dos mais polêmicos poetas comtemporâneos do Brasil:
WALY DIAS SALOMÃO: Filho de pai sírio muçulmano e mãe beata sertaneja, Waly nasceu em Jequié, no sudoeste da Bahia, em 1943. Me Segura Qu''Eu Vou Dar Um Troço, seu primeiro livro de poemas, foi lançado em 1971. Foi escrito enquanto Waly esteve preso no Carandiru, em São Paulo. A partir de então, o poeta tornou-se um dos nomes mais conhecidos da contracultura brasileira, associado aos colegas tropicalistas Hélio Oiticica e Torquato Neto. É autor de Hélio Oiticica - Qual É O Parangolé? (Rocco), ensaio sobre o artista plástico carioca. Com Ana Duarte, organizou a obra póstuma do poeta piauiense Torquato Neto. Com Torquato, Waly criou a revista Navilouca - O Almanaque dos Aqualoucos, impressa em 1974 e marco da poesia de vanguarda nacional. Flertou com a MPB, tendo trabalhado com Caetano Veloso, Antonio Cicero e Adriana Calcanhotto, entre outros. A canção Vapor Barato, letra dele e música de Jards Macalé, consagrou-se na voz de Gal Costa e voltou a fazer sucesso em meados dos anos 1990 com o filme Terra Estrangeira, de Walter Salles, e a regravação da banda O Rappa. Em 2003, foi nomeado secretário do Livro e Leitura por Gilberto Gil, ministro da Cultura do governo Lula. Morreu quatro meses após assumir o cargo. Desde 1998, a Rocco publica sua obra: Lábia, Tarifa de Embarque, O Mel do Melhor, Pescados Vivos, Armarinho de Miudezas, Algaravias: Câmara de Ecos e Gigolô de Bibelôs.
Fonte:estadao.com.br – edição de 30/07/2008
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