Uma saída (Parte 2/3)



“A gente tá quase chegando, .”


O Carinha (a partir desse momento eu comecei a chamar o gosmento de Carinha) estava cabisbaixo num canto. Eu me levantei. Levantei a calça com a perna mecânica. Tirei de lá um aparelho de teleporte portátil que eu consegui esconder durante todo o julgamento.

“Isso é o que eu to pensando?”

“É sim, querido.”

“Mas como você...?”

“Eu tenho meus truques, Carinha.”

Até o Risada ficou surpreso.

“Ok, Risada, tá vendo uma lua perto? Se eu não me enganei na contagem, a gente tá bem perto.”

“Tâmo sim. Ah-Rá!”

“Ok, é o seguinte... Junta aqui, Risada. A partir desse momento os caras vão ver isso aqui pelas câmaras e vão vir correndo pra cá. Agora, eu levo vocês se me prometerem não me encher o saco e cada um seguir pro seu canto, beleza?”

“Sim, sim, eu prometo.”

Rá! Sim, é isso aí!”

“E pelo amor de Deus, para com esses ‘rás!’”

“Tá bom...”

“Vamos lá, segura nisso aqui.”

Eu apertei o botão. Em cinco segundos já não estávamos mais na cela. A última coisa que eu vi foram três guardas aparecendo na porta, gritando para nós ficarmos parados.


Segunda parte do conto de Lucas Beça

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