Selo em cortiça

João Paulo Mesquita Simões


A primeira extracção da cortiça ocorre, normalmente, quando a árvore atinge entre 25 a 30 anos, sendo que a extracção ocorre nos meses de Junho a Agosto. Essa cortiça, por vezes com espessura considerável, recebe o nome de virgem e distingue-se substancialmente da cortiça de reprodução extraída nos períodos seguintes: é designada por secundeira na segunda tiragem e por amadia nas tiragens ou extracções subsequentes. A cortiça amadia é a de maior qualidade, sendo por isso a mais valorizada, e a única que pode ser utilizada para o fabrico de rolhas. A partir desta fase, a cortiça é extraída a cada nove anos.
Actualmente, a cortiça é uma matéria-prima nobre cuja utilização se estende a variadas utilizações como sejam os revestimentos de solos, os isolamentos (térmicos e acústicos), na fabricação de instrumentos musicais, em artigos de decoração, nos componentes para calçados e para o sector industrial de diversos segmentos automóvel, bebidas, construção, alvenaria, decoração, entre outros.
Portugal, com uma área de 730 mil hectares de montado de sobro, é responsável por mais de 50% da produção mundial de cortiça. Outros produtores são Espanha, sul da França, sul da Itália, mais recentemente Marrocos, Argélia, Tunísia.
O desenvolvimento tecnológico e a aplicação de novas técnicas, incluindo de gestão, levaram à integração vertical de algumas operações de transformação da cortiça.
A cortiça também já foi usada para o descobrimento da célula (somente para o descobrimento da palavra célula, pois o que o cientista viu, não era na verdade a célula). Em 1665, Robert Hooke utilizou finos cortes de cortiça e visualizou em seu microscópio algo parecido com "favos de mel", e deu-lhe o nome de cécula, jurando ter visto "a celula".

In: http://pt.wikipedia.org/wiki/Corti%C3%A7a


Em 2007, os CTT lançaram hoje o primeiro selo de cortiça do mundo na Assembleia da República, numa edição única de 230 mil exemplares que está "praticamente esgotada". O selo foi desenhado pelo designer João Machado.
"É um selo muito bonito, que homenageia em simultâneo quer a cortiça quer o sobreiro e o papel que o montado tem representado para fins ambientais em Portugal", destacou o presidente dos CTT, Luís Nazaré, no final da cerimónia de lançamento.

O selo, com a imagem de um sobreiro, tem o valor facial de um euro, e o presidente dos CTT assegura que a edição "está praticamente esgotada", estando afastada a possibilidade de uma segunda edição.

"Nunca fazemos segundas edições, é por isso que a filatelia portuguesa é tão considerada", explicou.

O presidente dos CTT sublinhou que, sendo uma estreia a nível mundial, não foi fácil produzir este selo de cortiça, em que cada exemplar é uma peça única.

"Tivemos de encontrar um material especialmente fino, que aguentasse a impressão, não se degradasse rapidamente e que pudesse ter no verso uma fita auto-adesiva", explicou, recusando contudo revelar o custo final da produção deste selo.

Na cerimónia de lançamento estiveram presentes o presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, o ministro da Agricultura, Jaime Silva, e o ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva.

In:http://www.publico.pt/sociedade/noticia/ctt-lancam-primeiro-selo-de-cortica-do-mundo-1312177 

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