Re-visão (O fim da Mecanografia)

Re-visão (O fim da Mecanografia)

Não vou re-visar meus textos.

E desafiar a gramática!

Ignorar as normas...

Exilar-me no meio do nada...

Viver no vazio!

Render-me ao consumismo instantâneo.. .

Cultuar heróis fabricados.. .

Heia...

Quero dar ‘’um viva’’ a comunicação de massa...

E praticar a sub-literatura!

Espalhar cópias fotostáticas por ai...

Insignificâncias sub-terrâneas. ..

...que ninguém vai entender!

Rebeldias literárias que ninguém lê.

Vou invadir o mundo pagão!

Devorar suas reservas naturais...

Nutrir meu ódio cristão.

Me banhar em ouro negro!

Dar ‘’um viva’’ à pirataria pós-moderna!

Heia tempos pós-modernos. ..

Viva a mecanografia dos tempos modernos!!!

Heia armas de destruição de massa!

Sobras da loucura do século passado...

Sobras escondidas que ninguém...

...encontrou!

Sombras da tecnocracia que mata!

Ipi!

Ipi

Hurra!

Vou me esconder nas matas!

Armar-me...

Seqüestrar políticos, militares, empresários.. .

Toda a corja capitalista e autoritária!

Quero prestar minhas homenagens.. .

...aos deuses antigos!

Mortos-vivos a caminhar pela selva!

A perambular no inferno verde!

Imensidão verde que ninguém entende.

Vou ficar na frente da T.V!

E ver o impensável.

Golpes de marketing...

...engendrados nos laboratórios dos comunicólogos!

Vampiros virtuais!

Bruxos da pós-modernidade. ..

Neo-alquimistas cibernéticos!

Que fazem a mentira virar verdade!

Que faz o branco virar negro

E o negro virar branco!

Eita!

Não vou me formar...

E vender coisas que não existem!

Produtos virtuais!

Ferramentas pós-modernas!

Já nascidas ultra-passadas!

Vou espelhar vírus virtuais...

Agentes dos caos...

Escondidos em juras de amos.

Eia!

Eia!

Oh!

Vou-me micro-processar

Vou prostibular minha imagem!

Peregrinar pelo ciber-espaço. ..

E por a venda aquilo que não tenho!

Expor aquilo que não sou...

Eia.

Eia.

Oh.

Eita vidas nas pós-moderniade!

Movidas a doces que matam...

De festas embaladas há drogas sintéticas!

Massa dissoluta a frita neurônios.

Deuses bacantes na pós-modernidade!

Vou assistir a processos burocráticos. ..

Que não dão em nada!

Processos digitalizados

Empoeirados!

Normatizados!

Que vão dar no vazio!

Vou ver audiências públicas

Falatório dos demagogos...

Arenas de embates combinados

Circo de hoje.

Televisionado. ..

Radiofonados. ..

Palcos dos nada!

Eia.

Eia.

Viva a telegrafia sem fio!

Cabos de fibra óptica postados...

Em alto mar,

Rios de informações...

A se perder nas inutilidades diárias...

Viva a ‘’Blogosfera’’.

Ambiente aonde reina coisas inúteis...

Bobagens digitalizadas a se amontoar no vazio.

Viva a comunicação via-satélite. ..

Viva o espaço cibernético!

Viva os...

...diários on-line que ninguém lê!

Ipi!

Ipi!

Hurra!

Viva aos cartões de memórias.

Megabytes de inutilidades!

Eita telefonia móvel...

Rede viva de coisas fúteis!

Inutilidades que ficam velhas...

Rápido!

Viva o...consumismo vazio!

De objetos da moda!

Coisas inúteis...

Que nada valem...

Eita rostos estampadas nas revistas de moda.

Grifes!

Marcas!

Modelos vivos.

Fugazes...

Anorexos...

Bulimicos...

Descartáveis. ..

Inúteis!

Peças ocas da produção em massa...

Viva toda a produção em larga escala...

A consumir o planeta

A exaurir o globo

Eia....

Eia...oh

Viva a luta de classes

Massa dissoluta

A protestar contra organismo

Internacionais!

Pirataria-terceiro mundista!

Eita trabalho escravo!

Ipi!

Ipi hurra!

Viva o Fordismo de hoje!

Viva o Toyotismo do amanhã!

Viva toda a onda globalizante. ..

A esmagar culturas!

Sub-verter valores

A super-aquecer o globo!

Eia!

Eia!

Oh!

Toda a uma sociedade!

Interligada. ..

Massa humana...

A caminhar por ai!

Mundo globalizado. ..

Interligado e dividido

Eia!

Eia!

Oh!

Viva a crise financeira mundial...

A derrubar governos...

Eita escândalos no parlamento.. .

Mesadas re-passadas

Mês a mês

Escondias nos slip...

Eia!

Eia!

Oh!

Vivo as pandemias mundializadas!

E todo um alfabeto de novas doenças...

Produzidas nos abatedouros. ..

Da produção em massa...

Viva os socorres aos bancos...

E hastear a bandeira!

Up a July Roger!

Viva a pirataria cibernética.. .

Vou distribuir arquivos virtuais!

Vou distribuir o que não é meu...

Under a July Roger!

Quero ‘’baixar’’ a arte virtual...

Vou pilhar toda a arte que puder...

Eita...uma garrafa de rum!

Under a July Roger

Eita.

Eita.

Eita são mil olhos postados em mim!

Heia são mil olhos eletrônicos.. .

Invadindo & destruindo a minhas...

Liberdades individuais!

Eia!

Eia!

Eia!

Viva a geração modernista!

Caricaturas massificadas. ..

Que nada valem!

Viva o pós-modernismo. ..

Viva as promessas dos políticos

Que nada valem

Eia

Eia

Oh

Das doenças infectos contagiosas. ..

A traçar o continente negro!

A devorar os guetos metropolitanos. ..

Vidas pós-modernas. ..

Heia

Heia

Heia megalópoles.. .

Vivas os intercâmbios criminosos.. .

Cartéis narco-assassinos globalizados!

Crimes mundializado. ..

Viva os sigilos bancários!

Viva os paraísos fiscais...

Vivas as fraudes...

Relatórios falsificados

De orçamentos super-faturados!

Manipulados!

Eia DNA...

Eia ciência Florence!

Eia ciência que mata,

Eia ciência que cura.

Massa humana...

Scum a cruzar fronteiras!

Ruínas vivas...

Sem nome,

Sem passado,

E sem futuro,

Farrapos dos novos tempos,

Vítimas das loucuras modernas!

Vitimas de ódios antigos!

Das verdades que mata...

Dos foguetes teleguiados

E tanques informatizados. ..

A cruzar fronteiras

Toda a cultura imposta...

Artificial

Atemporal

Viva a Meca-nografia

De hoje

Do ontem

E do amanhã...

Viva um futuro incerto...

Não planilhado.. .

Eia conferências de paz

Que não dão em nada...

Cartas marcadas

Por interesses belicistas

E toda a fúria de auto-carro.. .

Que passa gritando!

Toda a fúria de um Formula 1...

Que em pedaços, esfola crânios!

Toda a fúria de um exército invasor...

A bombardear cidades!

A destruir culturas,

Saquear museus!

Eita AK47

Eita Uzi...

Eita Fn Browning!

Eia...eia... oh!

Viva as Magnum!

Vivas as Ponto 30...

Salve as Ponto 40...

Salve as Ponto 50!

A varar blindados...

A derrubar aera-naves!

Salve todas as guerrilhas urbanas.

Embrenhadas na selva de pedras.

Tá... Tá...

Tá...

Pá... Pá... Pá... Pá...

Salve... Salve... Salve!

Salve todas as guerrilhas urbanas.

Bandos armados...

Siglas assassinas o noticiários da T.V

E estampar s páginas dos jornais

Das revistas...

Eita tribunais de exceção!

Micro-ondas nos altos dos morros...

Viva...viva. ..viva!

A vida moderna!

Viva o consumo imediato...

E todo o capitalismo voraz;

Eita século vinte um

E suas torres que caem

Todo ódio étnico...

Políticos

E religioso

De embargos

A atingir inocentes

De acordos internacionais não cumpridos...

Eita eminência de conflito nuclear

Nações equilibradas pelo terror

Eita mentiras online

Carne barata espalhada virtualmente!

De antístite manchados

Por crimes sexuais

E toda a Meca-nografia de hoje

Do ontem...

E do amanhã!

Samuel da Costa é poeta em Itajaí

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