NÃO AO ANTIÁCIDO

Por Ed Santos

De uns tempos pra cá passei a comer mais verduras, diferentemente da infância, que era só arroz feijão e carne, o PF familiar, e a teimosia de dizer que “não gosto de cenoura”, sem ao menos experimentá-la.

Alguns costumes são alterados com o passar dos anos, outros não, e quando a gente cai na real, percebe que precisa se cuidar mais depois de uma certa idade. Uma pena, porque se a gente cuidasse mais do corpo e da mente, teríamos melhores dias restantes. Agora, até evito comer carne suína (não pela gripe), e dou preferência às brancas (frango e peixes). Mesmo que tenha vontade de comer carnes, sempre dou um jeito de acrescentar uns legumes ao prato, seguindo a máxima de que prato bom é o prato colorido, e no meu caso, cheio.

Às vezes dá aquela vontade de comer um belo bife acebolado, com ovo – gema mole – e fritas, mas nessa altura do campeonato, os quilos a mais me impedem. Ainda bem que existem os restaurantes à quilo com todas as suas opções, que salvam a gente, embora nos remetam aos pensamentos mais auspiciosos do mundo gastronômico, sejam eles as massas, os doces e o churrasco, estes sempre regados de muita cerveja e refrigerantes.

Falando em bebidas, os cuidados são praticamente os mesmos. Os refrigerantes foram substituídos pelo suco de laranja e a cerveja pelo vinho tinto, dadas as proporções, claro. Os doces nunca tiveram presença freqüente no cardápio, mas sempre que possível, rola uma fruta.

Talvez substituir alimentos deva ser uma decisão muito pessoal. Cada um come o que quer, e na quantidade que quiser. Mas acredito que mais importante do que trocar uma costela assada no bafo por uma salada de rúcula com tomates secos e mussarela de búfala, é não ter que trocar uma caminhada após o almoço por um antiácido efervescente. Depois, só uma meia horinha de siesta pra recuperar as energias.

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