SAUDADE ENTRE 15 E 30 LINHAS - ANDRÉ VALLI


FOTO: Divulgação Rede Record


FOTO: Divulgação Rede Globo





Por Gustavo do Carmo

Na sexta-feira passada o ator André Valli morreu aos 62 anos. Deixou nas crianças dos anos 70 e 80, hoje adultos na faixa dos trinta anos, a eterna lembrança do Visconde de Sabugosa, o sabugo de milho do Sítio do Picapau Amarelo, abandonado entre os livros de Dona Benta, que ganhou vida na imaginação de Narizinho como um homem culto e sensível.

André Valli nasceu no Recife em 1943. Aos 22 estreou na peça Roda Viva, de Chico Buarque, em 1965. Ainda no teatro ia realizar o seu grande sonho: viver Dom Quixote de La Mancha. Foi destaque nos filmes O Vampiro de Copacabana e O Casamento. A exibição do primeiro pela TV Brasil parecia ser um pressentimento. Já a Rede Globo o exibiu como uma homenagem póstuma.

Na televisão estreou na novela O Cafona, de 1971. Participou também de Escrava Isaura, mas foi interpretando o Visconde do Sítio do Picapau Amarelo, na adaptação da obra de Monteiro Lobato pela Rede Globo entre 1977 e 1986, que ele ficou mais conhecido. Logo depois atuou em Selva de Pedra. Seus papéis mais recentes na Globo foram em Laços de Família e Senhora do Destino. O último em Hoje É Dia de Maria. Desde 2006 era contratado da Record, onde atuou nas novelas Cidadão Brasileiro e Vidas Opostas. Faleceu em casa, em Copacabana, vítima de um câncer no fígado que descobriu tarde demais.

Esta foi a estréia do novo espaço de curiosidades do Tudo Cultural. A idéia era fazer uma Biografia em 15 Linhas, mas não coube e o que eu tinha a dizer não podia ser censurado. Portanto, decidi flexibilizar o limite desta seção, que deve ter entre 15 e 30 linhas como diz o nome e abrirá espaço para contar um perfil, uma história ou uma homenagem póstuma, como é o caso do ator André Valli. O plano é fazer do Entre 15 e 30 Linhas uma seção semanal, publicada e escrita em forma de rodízio pelos nossos colaboradores, todas as quintas-feiras.

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