CONVIDADO DO MÊS - RAFAEL NAZARENO*


Vida


“Fácil é mentir aos quatro ventos o que nosso coração sente e tentamos camuflar. Difícil é mentir para ele!” Assim disse o poeta Carlos Drummond de Andrade.
Amanhece o dia novo cheio de possibilidades, o sol desperta toda criação que sai em busca da sobrevivência. Nas ruas, as pessoas passam apressadas à procura dos pontos de ônibus, os ônibus passam cheios de esperanças ainda sonolentas. Passam os carros velozes e barulhentos, , passam os horários, todos os compromissos, as crianças para as escolas, passam os cães vadios.
Tudo passa rapidamente, inexoravelmente. Mas uma coisa não passa e, está latente, no meu coração, um sentimento que me invadiu e tomou conta de tudo, deixando-me sem reação. Como posso brigar comigo mesmo? Como me expulsar? Como me combater? Como fazer passar essa alegria? Como desejar não ser feliz, loucamente feliz? Como não mais querer sorrir? Como ignorar o sonho? Como apagar o sol?Parar o vento? Cessar as ondas do mar? Como posso me enganar?


(*) Rafael Nazarenno é advogado público, terapeuta holístico, contista e sonhador.

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3 Comentários

Anônimo disse…
Bela crônica poética que mostra questões fundamentais para viver bem.
kami disse…
Se os seus motivos são bons devia se perguntar por que quere parar de sorrir,por que se combater!!!
Otima crônica!!!!!
Bjussssssssssss